Um dia na Fundação Prada

foto lenise 10 Bar Luce

A Fundação Prada existe há mais de 20 anos e recentemente presenteou Milão com uma sede de relevante  dimensão,  um complexo de 19 mil m2,  dedicados  à cultura e arte, mas não somente,  literatura, cinema, música, fisolofia  e ciência averão seu espaço de discussão e autonomia. A perspectiva é que  se torne um polo para a arte contemporânea na cidade, uma vez que é o  principal instrumento de trabalho da Fundação.

Dias atrás fui visitar a tão comentada sede,  uma antiga destilaria de um bairro industrial  que foi magistralmente reformulada pelo Studio  OMA guiado por Rem Koolhas, famoso arquiteto Holandês. Para dizer o menos, superou minhas, já grandes, expectativas. A  arquitetura  me tocou e impressionou!

Belíssimo o projeto de Koolhas,  aos  edifícios já existentes foram adicionadas  novas estruturas, que dialogam   perfeitamente com as antigas,  um equilíbrio criado através  belos jogos de espelhos, cimento branco e revestimentos de espumas de alumínio.  Acertadíssima a       sobriedade do  cinza  interagindo com  folhas de ouro que revestem um dos prédios. Como  resultado  um local harmônico, inovativo e ideal para se desfrutar  o dia todo.

O percuso é organizado em diferentes prédios, numa sequência de ambientes que   apresentam contrastes aparentes como velho e novo, horizontal e vertical, aberto e fechado, secreto e visível, feitos propositalmente  para “estabelecer a variedade de oposições que descrevem a natureza da nova Fundação”. Uma diversidade   que  instiga a mente e  contribui para que tenhamos  um olhar mais profundo e acurado das obras.

Os espaços expositivos se dividem entre mostras  temporárias e permanentes, que predominantemente, acolhem obras da espetacular coleção pessoal da presidente da fundação Miuccia Prada e seu marido Patrizio Bertelli, acumuladas durante anos. A sede ainda ospeda um belo cinema com 200 lugares, uma biblioteca, uma seção dedicada às crianças e o bar luce.

Entre as mostras eu destacaria a Haunted House, com exposição permanente de Louise Bourgeois e Robert Goberd, localizada  no prédio dourado, possui um percurso vertical desafiador e nos incita  a interessantes reflexões.

Ao final da visita, fiz uma pausa para aperitivo  no convidativo e encantador Bar Luce. Idealizado por Wes Anderson, diretor do filme Grande Hotel Budapest, em estilo retrô, recria a atmosfera  das antigas cafeterias Milanesas, inspirado no cinema italiano dos anos 50 e 60. A decoração se enriquece consideravelmente com  a reprodução de detalhes arquitetônicos  da Galeria Vittório Emanuele no teto e parte das paredes, lindo!

Um dia para transitar entre   Idéias, Cultura, Arte, Arquitetura, Cinema, Ousadia e   Originilidade!

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Foto Lenise - mostra de Louise Bougeois

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Fotos: Take by me